quinta-feira, 25 de setembro de 2008

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Coeficiente de Correlação de Pearson - r

A matemática é importante como (1) linguagem e (2) forma de raciocínio fundamental para o desenvolvimento e a expressão do conhecimento científico. Apresenta-se neste post uma das mais populares ferramentas estatísticas: o Coeficiente de Correlação de Pearson, habitualmente representado pela letra "r".

Quando tomamos as variáveis duas a duas podemos verificar o que sucede a uma variável, x, quando outra variável, y, varia. São então possíveis três situações particularmente interessantes:
a) Quando a variável x toma valores maiores (menores) a variável y também toma valores maiores (menores);


b) Quando a variável x toma valores maiores (menores) a variável y toma valores menores (maiores); ou


c) A variável x toma valores maiores (menores) independentemente dos que a variável y apresenta.



No primeiro caso diremos que as variáveis estão positivamente (ou directamente) correlacionadas. No limite, isto é, se a correlação for "perfeita" - como é o caso se considerarmos a correlação da variável x consigo própria - o coeficiente de correlação será igual a 1.
No segundo caso diremos que as variáveis estão negativamente (ou inversamente) correlacionadas. No limite, isto é, se a correlação for "perfeita" o coeficiente de correlação será igual a -1.
No terceiro caso diremos que as variáveis não estão correlacionadas. No limite, isto é, em caso de "absoluta independência" o coeficiente de correlação será igual a 0.
Na prática os valores acima indicados nunca se encontram, mas são estes que deverão tomar-se como referência na interpretação dos parâmetros obtidos.

Carla Santos propõe a seguinte classificação da correlação linear:


No Excel o coeficiente de correlação calcula-se facilmente com recurso à função CORREL.

Imagine que recorrendo a dados empíricos, e garantindo dispor de uma amostra representativa, chegou aos seguintes gráficos de dispersão para os coeficientes de correlação entre as classificações internas de frequência (CIF) e as classificações de exame (CE) em Biologia (r=0,82) e em Psicologia (r=0,35).





Observação 1: Não se verificar correlação linear, não significa que não se verifique outro tipo de correlação, por exemplo, exponencial.

Observação 2: Qualquer que seja a correlação verificada, correlação não significa causalidade.

1. Explicite o significado da expressão "dados empíricos".

2. Explicite o significado da expressão "amostra representativa".

3. Supondo representativos os dados empíricos acima apresentados, que poderia concluir da comparação da Biologia com a Psicologia?

4. Imagine possíveis correlações entre duas variáveis. Descreva o que esperaria encontrar.

5. Você tem um computador. O computador tem o Excel. O Excel calcula coeficientes de correlação... Refira os obstáculos que o impedem de utilizar esta ferramenta estatística.

6. Considera possível separar o conceito de correlação (linguagem matemática) de uma certa maneira de entender o Mundo (forma de raciocínio)? Justifique.

7. Comente a utilidade do r na verificação de diferentes teorias.



Núcleo Gerador: Saberes Fundamentais
Dimensões das Competências: Sociedade, Ciência
Domínios de Referência: DR2 – Contexto profissional
Elementos de Complexidade: Tipo I, II e III

domingo, 21 de setembro de 2008

Referencial de Formação STC_7


Saberes Fundamentais


Resultados de Aprendizagem

  • Reconhece os elementos fundamentais ou unidades estruturais e organizativas que baseiam a análise e o raciocínio científicos.
  • Recorre a processos e métodos científicos para actuar em diferentes domínios da vida social.
  • Intervém racional e criticamente em questões públicas com base em conhecimentos científicos e tecnológicos.
  • Interpreta leis e modelos científicos, num contexto de coexistência de estabilidade e mudança.


Conteúdos


Conceitos nucleares para a compreensão e desenvolvimento dos vários ramos das ciências
Conceitos-chave: átomo, molécula, célula, órgão, indivíduo, cultura, sistema, rede, fenómeno.

  • O átomo e a molécula como elementos base do universo (ciências físico-químicas)
  • A célula e o órgão como elementos base dos seres vivos (ciências biológicas)
  • O indivíduo e a cultura como elementos base das sociedades (ciências sociais)
  • Estruturação destes elementos em sistemas ou redes alargadas, produtoras de fenómenos complexos (não redutíveis à soma dos elementos)


Aspectos metodológicos elementares da ciência enquanto prática social e modo específico de produção de conhecimento
Conceitos-chave: ciência, método, conceito, modelo, teoria, investigação científica, experimentação, lógica, conhecimento.

  • O método enquanto base do trabalho científico
  • Conceitos, modelos e teorias como ponto de partida e de chegada da investigação científica
  • As várias formas de experimentação empírica (controlada) como forma de verificação (refutação ou confirmação) das hipóteses resultantes das teorias e modelos abstractos
  • Procedimentos lógicos como base do raciocínio científico (dedução e indução)
  • A matemática enquanto linguagem e forma de raciocínio fundamental para o desenvolvimento e a expressão do conhecimento científico



Processos através dos quais a ciência se integra e participa nas sociedades
Conceitos-chave: interacção, argumentação, controvérsia pública, participação, competência científica, tomada de decisão.

  • Modos diferenciados como os cidadãos interagem com a ciência e utilizam os conhecimentos científicos no seu quotidiano
  • Formas como os argumentos científicos são mobilizados em controvérsias públicas, a par de outro tipo de argumentos (políticos, económicos, éticos, religiosos, etc.), na busca de soluções
  • Importância actual das competências científicas para a participação dos indivíduos em diversas questões públicas
  • Limitações do conhecimento científico e da actuação dos cientistas na tomada de decisão em polémicas públicas


Compreensão dos processos e conhecimentos científicos como base de um novo tipo de cultura e de desenvolvimento social
Conceitos-chave: dogma, preconceito, evolução, democracia, industrialização, dialéctica, sociedade do conhecimento.

  • O conhecimento científico enquanto aproximação (sempre provisória) ao real, no qual o maior rigor e funcionalidade resultam de uma contínua evolução
  • A ruptura com os dogmas, preconceitos e estereótipos enquanto atitude central no pensamento científico
  • A relação entre a emergência da ciência moderna e a erosão dos sistemas de poder tradicionais, dando origem às sociedades democráticas e industriais
  • A relação dialéctica entre investimento em investigação & desenvolvimento e os níveis de progresso e de bem-estar das sociedades
  • Intensificação da presença da ciência nos variados campos da vida contemporânea, dando origem a sociedades do conhecimento ou da reflexividade

sábado, 13 de setembro de 2008

O bom aluno – Representação científica

Para chegar à representação científica do bom aluno seria necessário utilizar o método científico.


FAZER UMA PERGUNTA - O processo científico de investigação tem como objectivo encontrar uma resposta satisfatória para determinado problema ou questão inicial

FAZER PESQUISA DE FUNDO – Inclui ler tudo o que foi escrito sobre o assunto (revisão bibliográfica) e ir observando e pensando na realidade que se deseja explicar (investigação exploratória)

CONSTRUÇÃO DE HIPÓTESES - Indicar as relações analíticas entre as variáveis a observar

TESTAR COM A EXPERIMENTAÇÃO - Verificar empiricamente as relações entre as variáveis. Dada a impossibilidade de experimentação efectiva em ciências sociais, realizam-se novas observações

ANÁLISE DE RESULTADOS / DESENHO DAS CONCLUSÕES

A HIPÓTESE É VERDADEIRA

A HIPÓTESE É FALSA OU PARCIALMENTE VERDADEIRA

RELATÓRIO DOS RESULTADOS

PENSE! TENTE NOVAMENTE

As ciências sociais não podem utilizar o método experimental... (porquê?), ficando condenadas à observação de novos dados para verificação das hipóteses.

Entre as técnicas de recolha de dados mais frequentemente utilizadas em Sociologia destacam-se os inquéritos por questionário, as entrevistas e as monografias.

Um estudo científico chegou à seguinte representação do bom aluno:

NOTA: Este estudo comparou opiniões de professores no início da carreira (IC) com colegas a meio da carreira (MC).
Fonte: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v15n4/v15n4a03.pdf   Backup
1. Descreva as etapas do método científico.
2. Justifique a impossibilidade de utilização do método experimental nas ciências sociais.
3. “O método científico é um processo que não tem fim”. Comente.
4. Descreva as técnicas de recolha de dados mais frequentemente utilizadas em Sociologia.
5. Explicite as diferentes etapas da “Análise temática e categorial”.
6. Distinga uma atitude ideológica de uma atitude científica.
7. Distinga conhecimento científico de conhecimento vulgar.

Wiki para o G9

http://saberesfundamentais.wikispaces.com/



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Ser bom aluno, bora lá? - Representações sociais

Cada vez que conversamos, contamos anedotas, interagimos, utilizamos representações sociais. Não há tempo, nem paciência, nem necessidade, nem conhecimento para o debate científico, exceptuando alguns casos muito raros.
  • Diferença entre o Paraíso e o Inferno
    O Paraíso é aquele lugar onde o humor é britânico, os cozinheiros são franceses, os mecânicos são alemães, os amantes são portugueses e tudo é organizado pelos suíços.
    O Inferno é aquele lugar onde o humor é alemão, os cozinheiros são britânicos, os mecânicos são franceses, os amantes são suíços e tudo é organizado pelos portugueses...
A realidade acessível aos agentes resulta tanto da própria realidade quanto das representações sociais que têm da mesma. Estas podem ser definidas como modalidades de conhecimento prático, socialmente elaboradas e partilhadas. Constituem, simultaneamente, sistemas de interpretação e categorização do real e modelos ou guias de acção pelos quais os agentes se conduzem, dotando as suas acções de um sentido intentado. Por exemplo, no quotidiano escolar, é comum todos os agentes se entenderem em torno da lei de ouro do trabalho escolar: só uma alteração de atitudes, métodos de trabalho, etc., garantiriam melhores resultados (Neto, 2005:55). O actual Ministro da Educação mostrou numa entrevista que também pensa seguindo o esquema desta representação. Esta regra nunca foi demonstrada, mas é tacitamente aceite por todos. Quem não a aceitar arrisca-se a ser classificado como preguiçoso, ou pior ainda, como estúpido! A crescente diversidade cultural dos estudantes tem sido suficiente para demonstrar que mais trabalho nem sempre se traduz numa maior classificação, tendo forçado a criação de cursos onde a escala quantitativa diferenciadora de 0 a 20 foi substituída por uma escala qualitativa homogeneizadora. Observe-se que frequentemente quem escreve sobre a escola, e se propõe dar dicas aos estudantes, se fundamenta na sua experiência de vida como universo de referência. Leia-se a título de exemplo a entrevista concedida por Jorge Rio Cardoso ao Meia-Hora.
0. Aponta algumas das representações sociais utilizadas na anedota. Justifica a sua utilidade no diálogo quotidiano. 1. Identifique na entrevista expressões que permitam concluir que o autor defende a lei de ouro do trabalho escolar. 2. “Não há uma “regra de ouro” para se ser bom aluno: tudo depende das características de cada um”. Justifique a inexistência da referida “regra de ouro”, observando que o próprio conceito de "bom aluno" difere nas expectativas dos diferentes estratos sociais. 3. O lazer e o trabalho utilizam hoje as mesmas ferramentas. O autor entende que “talvez seja mais positivo tentar aproveitá-las como elementos de estudo”. 3.1. Justifique as dúvidas do autor. 3.2. Defenda a utilização educativa das referidas ferramentas. 4. O que consideramos importante depende em grande parte das nossas representações, designadamente (1) das concepções dominantes, (2) do senso comum, e (3) da experiência pessoal. 4.1. Identifique as áreas de política educativa consideradas importantes pelo autor. 4.2. Classifique as áreas indicadas pelo autor utilizando as categorias apresentadas no ponto 4. 5. “Há uma maioria preguiçosa entre o universo estudantil nacional”. 5.1. Justifique o ponto de vista do autor. 5.2. Atendendo a que os estudos superiores deixaram de garantir emprego, compare a motivação instrumental do ensino na geração do autor com a da geração do seu filho. 5.3. Mostre que estudar por prazer intelectual conduz a objectivos mais ambiciosos do que a procura do ensino por motivos instrumentais. 6. “Há que encarar o resto da vida com alegria...” 6.1.Justifique a atitude que muitos alunos que se fingem “preguiçosos” simplesmente para se subtraírem ao arbítrio dos julgamentos professorais, e afirmarem a sua vida para além da escola.
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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Conceito de Acção Social - Weber





 




O texto que a seguir se apresenta, constitui precisamente a abertura do livro Conceitos Sociológicos Fundamentais, de Max Weber.


1. Defina acção social.
2. Refira-se à atribuição de sentido às práticas individuais, como condição para o seu estudo pela Sociologia.
3. Explicite a que agente(s) se refere Weber.
4. Mostre através de exemplos, que os agentes estão sujeitos aos condicionalismos sociais, mas simultaneamente as suas acções despendem dos seus juízos e decisões.
5. Identifica grupos sociais que em função das características individuais dos elementos que os compõem te pareçam mais conformistas, (*) em função das seguintes variáveis:
a) género social (sexo);
b) idade;
c) habilitações escolares.
6. Observando a escola como um contexto de diversidade sociocultural, aplica o conceito de acção social explicando a generalização dos cursos EFA.
7. Refere-te desenvolvidamente a algum caso de integração no colectivo de indivíduos em situações de exclusão social ou alvo de discriminação por serem portadores de características específicas (ex: idosos, deficientes, ex-reclusos, toxicodependentes, etc.).
8. Utiliza o conceito de acção social para explicar o fenómeno do consumo em função das seguintes variáveis:
a) género social (sexo);
b) idade;
c) habilitações escolares.




Núcleo Gerador: Saberes Fundamentais
Dimensões das Competências: Social
Domínios de Referência: DR1 – Contexto privado
Elementos de Complexidade: Tipo I, II e III

sábado, 6 de setembro de 2008

Temas de STC

Não há programas. O mais próximo desse conceito é o Referencial de Competências-Chave.   Backup

Eis os Temas de STC: